Biografia de Armindo Moreira

Armindo Moreira nasceu em 28/08/1932, no município de Pombal, distrito de Leiria, em Portugal – país no qual concluiu seu ensino fundamental e médio. Fez Graduação e Mestrado em Filosofia, pela Universidade Pontifícia de Salamanca (na Espanha).

Posteriormente, foi docente em Portugal, Angola e Brasil.

Foi diretor da escola de ensino fundamental e médio em Portugal (da qual foi um dos fundadores do Externato da Guia) e Angola (Missão da Igreja Católica, em Uíge).

Atualmente, é professor aposentado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, onde lecionou as disciplinas de Filosofia da Ciência e de História do Pensamento Brasileiro.

Sua carreira docente incluiu palestras, cursos, publicações e entrevistas em diversos meios de comunicação, que incluem jornais, TV e internet.

Os livros publicados por ele até o momento são: Equibasismo: nem Socialismo nem Capitalismo Privilegialista (1985) [i]; Ideias para um Partido Equibasista (1991) [ii]; Professor Não é Educador (2012) [iii] e O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria (2018) [iv].

Teve matérias sobre seus livros publicadas inicialmente no Jornal do Oeste (Toledo-PR) [v] [vi] e na Gazeta do Povo (Curitiba-PR) [vii]. Depois, as publicações sobre suas obras foram tomando corpo em muitos meios de comunicação, especialmente na internet.

Com uma página própria para seus livros na internet (Facebook: Equibasismo e Professor Não é Educador), profissionais do ensino, pais, alunos e os seus leitores debatem assuntos relacionados às suas obras em todo o país.

O livro Professor Não é Educador surgiu de sua experiência de mais de 40 anos como docente e diretor em Portugal, Angola e Brasil nos ensinos médio e superior. Ao residir em diversos países, conheceu os seus sistemas de ensino.

Este livro foi escrito com o interesse genuíno de melhorar a qualidade do ensino e, com isto, a vida das pessoas.

Em uma entrevista concedida ao programa de televisão Tribuna Independente da emissora REDEVIDA (levado ao ar em 13/12/2013) [viii] [ix], o filósofo Armindo Moreira debateu as ideias expostas nesta obra.

O Equibasismo é um sistema socioeconômico original elaborado por Armindo Moreira, cujas obras sobre o assunto culminaram no seu mais recente livro: O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria.

Esta obra expõe e justifica “um processo de alcançar a justiça social, que não sofra os inconvenientes do capitalismo liberal nem os do socialismo – e que reúna as vantagens de um e de outro [x].

O livro é uma proposta de “capitalização de todos a partir de 21 anos de idade. Ao invés de abolir a propriedade privada, o Equibasismo tem como objetivo acabar com o proletariado [aqueles que vivem exclusivamente de salários]. É isso mesmo: ACABAR COM O PROLETARIADO (…) procurando garantir um mínimo de propriedade privada para todos, para que o trabalhador (que não é mais proletário, porque é também proprietário) não precise ser socorrido a todo o momento pelo Estado assistencialista, ineficaz e controlador, nem esteja totalmente à mercê das flutuações e da insegurança do mercado.” (Fausto Zamboni) [xi].

Armindo Moreira ainda diz que “é nosso dever envidar todos os esforços para que ninguém viva na situação de proletário – para que o proletariado desapareça como desapareceu a escravatura [xii].

Deve-se “Limitar a pobreza de todos, sem limitar a fortuna de ninguém. Que seja permitido ser muito rico, mas não seja permitido ser muito pobre [xiii].

Por: Equipe Equibasismo e Professor Não é Educador.

Referências:

[i] MOREIRA, Armindo. Equibasismo: nem Socialismo nem Capitalismo Privilegialista. Editora Assoeste. Toledo (PR), 1985.

[ii] MOREIRA, Armindo. Ideias para um Partido Equibasista. Editora Delgg. Curitiba (PR), 1991.

[iii] MOREIRA, Armindo. Professor Não é Educador. Indicto Editora. Toledo (PR), 2012.

[iv] MOREIRA, Armindo. O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria. Instituto Mukharajj Edições. Rio de Janeiro (RJ), 2018.

[v] https://www.jornaldooeste.com.br/noticia/livro-auxilia-profissionais-da-educacao

[vi] https://www.jornaldooeste.com.br/blog/coluna-do-editor/post/coluna-do-editor-13-12

[vii] http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/resenhas/professor-nao-e-educador-a-pedagogia-moderna-usurpou-funcao-que-pertence-a-familia/

[viii] https://www.youtube.com/watch?v=e9CRsf3ZFXk

[ix] https://www.youtube.com/watch?v=cRvBWK0pQnA

[x] MOREIRA, Armindo. O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria. Instituto Mukharajj Edições. Rio de Janeiro (RJ), 2018.  P. 11.

[xi] In: MOREIRA, Armindo. O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria. Instituto Mukharajj Edições. Rio de Janeiro (RJ), 2018. Contracapa do livro.

[xii] MOREIRA, Armindo. O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria. Instituto Mukharajj Edições. Rio de Janeiro (RJ), 2018. P. 24.

 [xiii] MOREIRA, Armindo. O Equibasismo Cria Riqueza e Elimina Miséria. Instituto Mukharajj Edições. Rio de Janeiro (RJ), 2018. P. 15.

O Desastroso Impacto do Analfabetismo Funcional sobre a Economia

Há alguns pedagogos e políticos que dizem que a escola deve ter a função de quase de tudo, exceto de ensinar conteúdo curricular…

Segundo eles, a escola tem por objetivo: promover debates políticos, formação de “consciência crítica”, ocupar os jovens para eles não ficarem ociosos, praticar esportes, entre muitas outras coisas.

A alegação dos defensores dessas teses é a de que as mesmas melhorariam a qualidade de vida dos nossos jovens através da “educação”. Contudo, a prática tem se mostrado diferente.

Segundo a revista eletrônica Exame, um trabalhador brasileiro gera, aproximadamente, 22 mil dólares de riqueza por ano. Enquanto que um americano produz por volta de 100 mil dólares no mesmo período [i].

Em outras palavras, “são necessários cinco brasileiros para produzir a mesma riqueza que um americano”. Essa produtividade tem a sua gratificação: “a renda per capita dos americanos é cinco vezes a nossa” [ii].

 Isso não quer dizer, porém, que os brasileiros trabalhem pouco. Ao contrário, dedicamos mais horas ao trabalho do que a população da maioria dos países ricos” – de acordo com a Organização Internacional do Trabalho e da OCDE[iii].

A matéria da citada revista eletrônica continua dizendo que, contudo, horas trabalhadas e produção não são exatamente a mesma coisa! P. ex.: “os alemães enfrentam jornadas de, em média, 38 horas de trabalho semanal — ante 44 horas dos brasileiros — e desfrutam de 40 dias úteis de férias por ano, o que os coloca entre os recordistas europeus em folgas” [iv].

Apesar da jornada de trabalho inferior, os trabalhadores alemães têm uma produtividade quatro vezes maior do que os brasileiros! “A questão está na qualidade do trabalho, e não na quantidade”, segundo o economista Samuel Pessoa, da consultoria Reliance [v].

Os países desenvolvidos, que levam o ensino e a instrução a sério, revelam-nos que os ganhos sociais do trabalho são decorrentes das decisões políticas no decorrer da história. No Brasil, a baixíssima produtividade é o efeito de uma série de erros [vi].

“O sofrível nível educacional é um deles”, realça a reportagem da matéria veiculada na revista eletrônica Exame.com [vii].

 Podemos ver que a própria matéria veiculada na revista supracitada confunde os conceitos de “educação” e “instrução” – no decorrer de sua argumentação de que os nossos estudantes saem despreparados para o mercado de trabalho.

Educar é promover, na pessoa, sentimentos e hábitos que lhe permitam adaptar-se e ser feliz no meio em que há de viver. Instruir é proporcionar conhecimentos e habilidades que permitam à pessoa ganhar seu pão e seu conforto com facilidade” [viii].

Temos que acabar com essa confusão entre instruir e educar, pois a primeira pertence à escola e a segunda à família [ix].

Esta concepção equivocada entre educação e instrução está muito difundida atualmente entre grande parte de nossos professores, políticos e da população. E isto tem gerado situações catastróficas!

Uma enorme quantidade de nossos alunos sai da escola e das universidades analfabetos funcionais: incapazes sequer de escrever um bilhete ou de entender um simples manual de instruções! Ou seja, sem o mínimo conhecimento necessário para a vida e o mercado de trabalho.

O sistema implantado em nosso ensino de Progressão Continuada (também chamada de “Aprovação Automática”) dos alunos está sendo catastrófica para a instrução das nossas crianças e adolescentes, pois elas não têm estímulo para estudar e aprender! Elas sabem que, independentemente do que façam ou deixem de fazer em sala de aula ou nas tarefas de casa, serão aprovadas!

Outra consequência à que leva a pouca instrução em nosso país é o subdesenvolvimento tecnológico. Enquanto o Brasil registra anualmente pouco mais de 22 mil pedidos de patentes por ano, os EUA registram perto de meio milhão! [x]

O fato de o Brasil ocupar atualmente a 9ª colocação na economia mundial [xi] não se deve à elevada produtividade por trabalhador. Infelizmente, muito pelo contrário.

Nosso território é o 5º maior país do mundo[xii] e somos também o 5º país mais populoso do planeta[xiii].

Ora, se somos o quinto maior país em população e território do planeta e ocupamos a posição de nona economia do mundo, significa que a produtividade de nossos trabalhadores fica abaixo da média mundial!

Quando comparamos esses números aos da outros países, perdemos para países muito menores em população e território, como o Japão, Reino Unido, Alemanha e França[xiv]. Sem falar no fato de que estes países não possuem os gigantescos recursos naturais de que o Brasil dispõe.

Caso não se tome providências eficazes para melhorar o nosso ensino, os analfabetos funcionais de hoje serão os professores de amanhã! Quando isso ocorrer, não haverá nenhum economista que consiga nos tirar da pior crise econômica da história do país – que ainda está por vir!

Essa crise econômica será profunda, pois será baseada na carência de algo que não pode ser importado e nem fabricado de um momento para o outro: a falta de talentos e de mão-de-obra qualificada.

Esta escassez levará nossos empreendedores e trabalhadores a níveis de produtividade muito mais baixos do que os atuais. E, consequentemente, o Brasil deixará de ser um país emergente par retornar ao patamar das economias subdesenvolvidas do terceiro mundo!

Deste modo, conclui-se que a única forma de resolver os inúmeros problemas citados acima é tornar a escola um local cuja principal atribuição seja a de instruir, e não a de formar cidadãos “educados” e sem instrução. O Brasil precisa de um ensino de qualidade para poder prosperar.

“Ensino de qualidade é aquele que:

  1. – fornece os conhecimentos e as habilidades que o cidadão precisa para viver com saúde e ganhar o ganhar a vida com seu trabalho;
  2. – fornece tais conhecimentos e habilidades, no menor tempo possível e com menor esforço possível”[xv].

Verifica-se que esta confusão de que o professor deve ser “educador”, em vez de “instrutor”, tem provocado um enorme e desnecessário sofrimento a milhões de esforçados trabalhadores brasileiros!

Essa mudança de mentalidade e de atitude em relação ao nosso sistema de ensino é fundamental se quisermos promover um futuro melhor para as nossas novas gerações.

Por: Professor Não é Educador.

#professornaoeeducador

 

Referências:

[i] http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1025/noticias/agora-vem-a-parte-mais-dificil

[ii] Idem.

[iii] Idem.

[iv] Idem.

[v] Idem.

[vi] Idem.

[vii] Idem.

[viii] MOREIRA, Armindo – livro Professor Não é Educador, 3ª ed.- Cascavel (PR). Pág. 7.

[ix] Idem.

[x] http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1025/noticias/agora-vem-a-parte-mais-dificil

[xi] http://exame.abril.com.br/economia/noticias/pib-em-dolar-cai-25-e-brasil-cai-para-a-posicao-de-9a-economia-do-mundo

[xii] https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal

[xiii] http://brasilescola.uol.com.br/geografia/paises-mais-populosos-mundo.htm

[xiv] https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_e_territ%C3%B3rios_por_%C3%A1rea

[xv] MOREIRA, Armindo – livro Professor Não é Educador, 3ª ed.- Cascavel (PR). Pág. 92.